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sexta-feira, 8 de abril de 2011

A capital da República Mexicana é uma das mais povoadas do mundo, com 11 milhões aporximadamente, de habitantes e, uma zona de satélite que quase duplica sua população. Situada no leito seco do Lago Texcoco e rodeada de montanhas, foi chamada por Cortés como "coisa maravilhosa". A cidade cresceu de forma desordenada, embora conservando sempre a herança histórica nas construções e costumes. México é uma tentação que encanta quem a conhece. Talvez o absoluto, a sua magnitude e por ser o reinado dos contrastes, alguns elementos possibilitam tão estranha fascinação.
Achamos que o melhor, é visitar os principais lugares de interesse do centro histórico, caminhando. Também pode utilizar o metrô, um dos mais eficientes, rápidos e limpos do mundo, as combes (chamadas "peseros", pequenos ônibus), os novos bici-táxis, o pequeno trem que realiza percursos turísticos, os ônibus ou bem o táxi.
O centro histórico era construído acima das ruínas da antiga Tenochitlán. Trata-se de um conglomerado de vestígios coloniais e ocultas construções aztecas. O melhor lugar para iniciar a visita é desde o Zócalo ou Praça da Constitución, a segunda praça maior do mundo. Em torno dela encontra-se o Palácio Nacional, com esplêndidos murais de Diego Rivera, a Suprema Corte de Justiça, o Portal de Mercaderos, a zona arqueológica do Templo Mayor, o Museu e a Catedral Metropolitana. A construção deste impressionante templo iniciou-se no século XVI sobre o recinto cerimonial azteca e, não acabou até o XIX, ração pela que reúne vários estilos arquitetônicos como o renascentista espanhol, barroco, neo clássico francês e inclusive algumas das vidraçarias de Matias Goherita, além de excelentes mostras da arte contemporânea. É a maior Catedral latino americana, e no seu interior destacam vários retábulos barrocos e Neo-clássicos. Não menos surpreendente é o Sagrario Metropolitano, considerado como uma das obras churrigurescas mais importantes do país.
Da Catedral, atravessando a rua, encontra-se o Monte Nacional de Piedad, o lugar onde existira o Palácio Axayácatl e onde Cortés esteve prisioneiro a Moctezuma. Do lado contrário, o Templo Mayor, conformado por duas pirâmides gêmeas e, lugar onde os aztecas adoravam a Huitzilopochtli, deus da guerra e a Tláloc, deus da chuva. Aqui, levanta-se o Museu que mostra peças achadas no jazigo e constitui um dos mais belos e modernos lugares de exibição com que a capital conta.
Muito perto, ao norte, a Praça de São Domingo, onde levanta-se a Antiga Aduana, considerada como uma das edificações mais harmoniosas do México e sede da antiga Santa Inquisição. Aqui encontra-se o Portal dos Evangelistas, chamado assim pelos numerosos escrivãos que, com suas velhas máquinas, relatam e comprimentam o que for solicitado (inclusive cartas de amor). Voltando ao Zócalo e em direção sul descobrirá o Museu da Cidade, que exibe uma coleção de peças que mostram a história da capital. Muito perto está o Hospital de Jesus, fundado por Hernán Cortés, cujos restos estão enterrados embaixo de uma singela lápide, que não tem mais legenda no seu nome na igreja adjunta.
Voltando ao Zócalo e em direçao Oeste, pela rua Madero, pode-se visitar a Igreja-Convento de São Jerônimo, do século XVII. Entre seus muros viveu a célebre poetisa Sor Joana Inês da Cruz. A poucos passos a Igreja da Profesa, lugar onde iniciou-se a conspiração para alcançar a independência. O Palácio de Itúrbide, do século XVIII, importante casa colonial, destacada pela arquitetura e, muito perto a Casa dos Azulejos, hoje café, onde aconselhamos a desfrutar de um gostoso desejum do tipo "ovos rancheros". A frente, o Templo de São Francisco e a Torre Latino Americana, com 177 metros de altura e a segunda em altura, depois da Torre de Petróleos.
Neste ponto descobrirá o belo e delicado Palácio de Belas Artes. Construído em mármore de Carrara, no início do século, seguindo o estilo Art Nouveau e acabando em pleno auge do Art Déco, é sede de importantes exposições, concertos, óperas. Coraise apresentações do Balé Folclórico. Destaca-se, o maravilhoso pano de fundo de vidro de Tiffany, beseado em um desenho do célebre pintor, que representa os vulcões Popocatépetl e Iztaccíhuatl. Aqui aloja-se o Museu Nacional de Arquitetura. Muito perto o Palácio de Correios e "El Caballito", monumento dedicado a Carlos IV cuja figura é apagada pela perfeição com que seu autor, Tolsá, executou o corcel que monta o soberano. Ao frente, o Museu Nacional de Arte, onde pode-se desfrutar um interessante percurso pela arte dos séculos XVI ao XX e o Palácio de Minería, a mais bela mostra do estilo Neo-clássico que caraterizou o México do fim de século.
Atrás, o Palácio La Alameda, tradicional parque que data do século XVI, um dos melhores lugares para observar a vida e costumes dos habitantes da capital. Durante os fins de semana é ocupada por numerosos postos de comida e artesãos, além dos espetáculos de música e baile. Por perto da Alameda, o Museu de Artes e Indústrias Populares, desde onde pode-se ver o Hemiciclo Benito Juárez. Muito perto, deixando atrás o parque, chegará à Igreja-Convento de São Hipólito, que merece uma visita por ser o lugar em que os espanhóis foram derrotados pelos aztecas na Noite Triste. Continuando mais para o Oeste pela Av. Juárez, chegará à Praça da República, onde levanta-se, majestoso, o Monumento a la Revolución. A frente o Frontón México, lugar de jogo de bola vasca e muito perto, o Museu de São Carlos, de estilo Neo-clássico e, que aloja a tradicional Acadêmia de Pintura do México. A muitos poucos passos, no antigo Convento de São Carlos, está o Museu José Luis Cuevas e a colosal escultura "La Giganta".
Deixando esta zona, aconselhamos ir à Praça das Três Culturas, onde coincidem os alicerces de uma pirâmide azteca, um convento colonial e a moderna torre branca da Secretaria de Relações Exteriores a a Basílica de Guadalupe, tanto a construída em tempos de conquista como a nova, pelo prfundo significado religioso. Aqui sentirá muito de perto o fervor dos crentes. 12 de dezembro, Dia da Virgem de Guadalupe, milhares de peregrinos reúnem-se para cantar serenatas.
Vá até o Paseo da Reforma admirar as construções decimônonicas e modernas que são vigiadas. Em uma bela e animada praça levanta-se o Angel da Independência, o monumento mais simbólico da cidade. Quando chegue a ele estará na conhecida Zona Rosa, um dos bairros mais elegantes e comerciais da Cidade de México. Pelo Paseo pode-se ir ao extenso Bosque de Chapultepec. Nesta zona encontra-se, no alto de uma pequena colina. O Castillo, onde viveu o imperador Maximiliano e, onde os nossos heróis morreram defendendo a sua escola Militar durante a guerra e, invasão norte-americana que custou ao país a perda dos Estados da Califórnia, Texas e Novo México. Na atualidade aloja o Museu de História. O bosque acolhe o Zoológico e os Museus de História Natural, Arte Moderna, Rufino Tamayo e o importante Museu de Antropologia e História. Este último aloja a coleção de peças pre-colombianas, a mais importante da América. Nas 25 salas exibem peças de todas as culturas e lugares do México. Aconselhamos que o percorra em várias visitas (tem restaurante).
Em outra direção e para o sul, pela Av. Insurgentes, uma das mais compridas do mundo, poderá ter acesso a Coyoacán, bairro tradicional de México. As ruas conservam o ambiente colonial e o Templo de São João Batista, junto com os Museus de Frida Kalho e das Artes Populares, são alguns dos principaís atrativos da zona. Mais ao sul localiza-se a pitoresca Vila de São Angel. As ruas empedradas e as majestosas casas coloniais o convertiram em um lugar de elite. Nos finais de semana, numerosos artistas expõem os seus trabalhos, sendo bom lugar para algumas compras.
Aqui encontra-se o Museu Estudio Diego Rivera, em uma construção de estilo funcionalista e o Convento do Carmo, com uma das belas cúpulas policromadas da Nova Espanha e com a única coleção de múmias da cidade. Em uma fazenda antiga, desfrutá de um dos restaurantes mais elegantes do país, o "São Angel Inn".
Mais para o sul, depois do bairro de Tlalpan e do Estadio Azteca, com uma impressionante escultura metálica, o "Sol Roxo" de Alexander Calder, encontra-se Xochimilco, "Lugar das Flores" e testemunha das antigas lagoas de Tenochitlán. Neste lago os indígenas cultivavam verduras, flores e frutos nas chinampas, parcelas flutuantes de terra. Aconselhamos dar um passeio pelos canais em alguma das trajineras ou lanchas enfeitadas com flores (de plástico). Não deixe de ir à praça e o mercado onde poderá degustar a comida mexicana e realizar algumas compras a preços baixos. Em Xochimilco vá ao Museu Dolores Olmedo, com a coleção privada mais importante de Diego Rivera, com obras de Frida Kalho, peças de arte pré-hispânica e de artes populares. Encontra-se uma bela fazenda acondicionada para alojar tão importante mostra.

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