Boo-Box

domingo, 10 de abril de 2011

ARQUITETURA DO MÉXICO

A arquitetura dos séculos XVI ao XVIII é, sem dúvida, a marca mais visível do México colonial. Durante este período construiram-se perto de 15.000 templos e uma trintas catedrais, promovidas e construídas pela Igreja católica e, graças a abundante boa mão de obra indígena, mais o menos especializada (somente nos primeiros 50 anos foram construídos pelo menos 250 conventos de franciscanos, dominicanos, agostinhos e jesuítas).
A singularidade da arquitetura tem a sua base no relativo isolamento da colônia, e no comportamento dos próprios indígenas, durante sua fase de aprendizagem das técnicas espanholas. As propostas locais manifestaram nos desenhos ornamentais que iriam evoluir mais tarde, o plateresco. Nas primeiras construções, o marco mais chamativo são as capelas abertas (chamadas também capelas dos índios), assim como, os afrescos com fins didáticos. Os elementos góticos e renascentistas das construções combinavam-se com elementos mudéjares e arcaismos medievais.
Porém, é o estilo barroco que pode ser considerado como o primeiro estilo artístico americano e, muito especialmente, mexicano. Um estilo que adquire a sua própria aparência e que tem a melhor testemunha no Sagrário da Catedral Metropolitana. Coincide com o assentamento da colônia e o puxado econômico, situação que estava refletida na construção de numerosos palácios e casas singulares. O século XVIIII é a época em que a arquitetura se mexicaniza, quer dizer, momento em que os crioulos e indígenas, com propostas mais vitalistas, desprezam os artezãos europeus. No final deste período, no século XVIII o barroco foi derivando para o churrigueresco, dando vida a uma arte excessivamente carregada. Finalmente o estilo herreriano acabou impondo-se, afastando os elementos decorativos, partes muito específicas das construções.
Durante o século XIX foi introduzido diversas correntes européias ecléticas do momento, especialmente as procedentes de Itália e França, existindo um período onde impôs o estilo Neo-clássico. Resultado disto, foram as construções como o edifício dos Correios e o Palácio de Chapultepec (Cidade de México), onde podem-se apreciar as diferentes correntes modernistas. No século XX a arquitetura mexicana renova-se com as propostas dos arquitetos como Luis Barragán o Villagrán García. Entre as obras contemporâneas, destacam-se a Cidade Universitária, o Museu Nacional de Antropología e História e o Museu Rufino Tamayo.

PINTURA DO MÉXICO

Durante a época da colônia, a pintura mexicana esteve fortemente influenciada pelos temas religiosos e enfocada à técnica mural. Os grandes retábulos e os baixo-relêvos do espirito indígena constituíram as formas mais frequentes da escultura, daquele tempo. Durante o século XIX a pintura caraterizou-se pela influência acadêmica, porém no final deste mesmo século, surgiu o movimento chamado "pintores viajantes" onde as paisagens foram o tema predominante. O século XX foi prolixo em representações históricas do país e, os movimentos revolucionários assentaram as bases do movimento muralista. Os pintores utilizaram a sua arte como instrumento de oposição política e nacionalista. José Clemente Orozco propos uma visão satírica e trágica. Diego Rivera recriou em suas pinturas a Conquista, desde o ponto de vista dos índios e, finalmente, David Alfaro Siqueiros decantou-se pelos temas sociais. Com esta sólida base surgem as obras de Rufino Tamayo, Frida Kalho, José Luis Cuevas ou Vicente Rojo, para citar alguns.

MÚSICA DO MÉXICO

Os rítmos mexicanos são o resultado de uma longa mistura entre numerosas formas de raças dadas, nos últimos 500 anos. Durante a época pré-colombiana a música formou parte de todas as cerimonias rituais. Os instrumentos como o huehuetl, espécie de tambor, o teponaztli, um pau ôco, as flautas de cana e argila, os caracóis do mar eram comuns nas cerimonias religiosas e civis. Com a chegada dos espanhóis os rítmos conservam-se, porém misturados com os recém chegados e, os instrumentos espanhóis, como a guitarra, arpa, violino e órgão impuseram-se rapidamente. Entre a música popular destacam o huapango, rítmo originário de Veracruz que utiliza instrumentos de corda, sandunga, muito parecida ao fandango, a música rancheira, geralmente de temas de amor e dramáticos ou corrido, muito mais alegre.

LITERATURA DO MÉXICO

Os primeiros espanhóis enfocaram a literatura para a evangelização e, desta época conservaram as crônicas históricas, como as de Sahagún e Díaz do Castillo. Destacam também, os temas que fazem referência à defesa dos índios e que tem o melhor espoente em Frey Bartolomé das Casas. Do século XVII destaca-se a extraordinária obra de Sor Joana Inés da Cruz, em cujos escritos poéticos trata do amor e a mulher.
No nosso século destacam-se Amado Nervo, ao que segue o também modernista Enrique González Martínez, caraterizado pela profundidade de seus pensamentos. Enrique Reyes trabalhou todos os gêneros. A obra de Carlos Fuentes reflete a sociedade contemporânea, enquanto que a poesia de Octavio Paz define-se como uma síntese das culturas mexicana e européia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário