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sexta-feira, 25 de março de 2011

A Historia do México:

Antes da chegada dos espanhóis, México estava habitado por vários povos. Os Maias, por exemplo, tinham se estabelecido no sul. No princípio do século XIV apareceram os Astecas, povo que alcançou uma notável civilização e fundou em 1325 a cidade de Tenochtitlán, hoje México. Uma das suas tribus, a dos mexicas, deu ao país seu nome atual. Esse povo constituiu um poderoso império e nele reinava Moctezuma II quando chegaram os espanhóis.
Em 1518, Juan de Grijalba reconheceu o país e no ano seguinte empreendeu sua conquista Hernán Cortés quem em 1521 tomou o poder da capital e pouco depois converteu o grande império Asteca em reinado espanhol. A dominação espanhola durou três séculos, atendendo sempre a prosperidade da colônia e melhorando as condições sociais dos índios.

1810-1821 A LUTA PELA INDEPENDÊNCIA

No início do século XIX, começa o processo que acarretou na independência do México. sde 1810 a 1821 diversos caudilhos se sublevaram contra a dominação espanhola, destacando neste sentido o "Grito de Dolores" encabeçado pelo padre Hidalgo e as campanhas empreendidas pelo padre Morelos. Todos estes movimentos acabaram sendo sufocados pelas autoridades espanholas.
Em 1820, a restauração em Espanha da Constituição de 1812 e a rejeição às reformas liberais provocou que a elite conservadora deixasse de apoiar o regime espanhol. Uma sublevação das tropas mexicanas ao comando de Agustín de Iturbide promulgou o Plano de Iguala ou das Três Garantias, que proclamava: uma religião única, a união de todos os grupos sociais e a independência de México com uma monarquia constitucional.
Iturbide foi proclamado Emperador pelo que se estabeleceu o primeiro Império Mexicano, de curta duração já que ao perder o apoio dos caudilhos regionais e do exército, o imperador Agustín I acabou sendo derrocado.

1823-1855 OSANOS DE SANTA ANNA

Os anos que decorrem até o triunfo da revolução liberal foram uns anos de profunda instabilidade interna, conflitos entre os Estados que compunham a nação e estancamento econômico. A época esteve marcada pela personalidade do general Antonio López de Santa Anna, quem pese a assumir a presidência em sete ocasiões, não conseguiu dar estabilidade à república.
Além disso, a debilidade do Estado mexicano facilitou a separação de Texas, em 1836, que acabou unindo-se aos Estados Unidos em 1845, o qual desembocou numa guerra entre ambos países (1846-1848) que concluiu com a perda do norte de México: a Alta California, Texas e Novo México.

1855-1876 GUERRA DE REFORMA E MEXICO LIBERAL

O triunfo da revolução liberal, em 1853, trouxe consigo grandes reformas e transformações: o partido conservador que tinha apoiado a Santa Anna perdeu o poder, implementou-se uma legislação laica, levou-se a cabo uma reforma agrária e se aboliram os privilégios.
A figura dominante do período foi Benito Juárez em cujo mandato (1864-1872) foi colocada em vigor a legislação liberal conhecida como Leis de Reforma. O partido conservador, contrário a tais reformas, resistiu-se apelando às armas o que se traduziu em duas guerras civis. A primeira (1858-1861) acabou com o triunfo do liberais e a segunda trouxe consigo a intervenção estrangeira e a invasão das tropas francesas que impuseram a Maximiliano de Habsburgo como Emperador (1864-1867). Mas a retirada do exército francês, em 1866, pelos compromissos de Napoleão III em Europa e o desgaste das forças conservadoras ante a ofensiva dos guerrilheiros liberais conduziu à queda do II Império e ao regresso de Juárez à presidência em 1867. Mas nem Juárez nem seu sucessor, Sebastián Lerdo de Tejada (1872-1876), conseguiram estabilizar ao país.

1876-1911 O PORFIRIATO

As reformas liberais, a estabilidade política e o crescimento econômico não foi conseguido até a chegada ao poder de Porfirio Díaz. Este militar mexicano impôs seu domínio durante mais de três décadas graças à intimidação dos seus rivais, o clientelismo com seus apoiantes e a repressão contra seus opositores. México viveu uma época de ouro em matéria econômica e de estabilidade interna pois o porfiriato facilitou a chegada de investimentos estrangeiros que se traduziram, principalmente, na criação de uma ampla e moderna rede de transportes ferroviários.
Porém, as contradições políticas e sociais sintetizadas na falta de liberdade e o surgimento das classes média e obreira, excluídas do sistema porfirista, conduziram à queda do regime, já desgastado, em 1911.

1911-1920 A REVOLUÇÃO MEXICANA

A revolução mexicana foi um processo longo e complexo que mudou ao país definitivamente e que impulsionou o México moderno. Começou como uma reforma política de caráter democratizador, processo que encarnou Francisco Madero, presidente entre 1911 e 1913, cujas mudanças moderadas foram cortados na raiz por um golpe de Estado que acabou com sua vida.
A Revolução continuou depois como um conflito de características sociais, durante a guerra civil de 1913-16 que enfrentou as forças conservadoras do presidente Victoriano Horta e as forças revolucionárias encarnadas em Emiliano Zapata no sul, líder dos camponeses indígenas, e Pancho Vila, Álvaro Obregón e Venustiano Carranza no norte. O triunfo dos revolucionários sobre Horta foi só a antessala de uma nova guerra civil, desta vez entre os próprios dirigentes revolucionários que se finalizou com a vitória militar de Obregón e Carranza sobre Zapata e Pancho Vila.
No final da segunda década do século XX, a Revolução conseguiu consolidar-se com a promulgação da Constituição de 1917, ainda vigente, e a chegada ao poder de Obregón e seus apoiantes, os sonorenses, cujo domínio se estendeu até os anos 30.

1920-1946 A ERA DO PRI

Entre 1920 e 1940 foi se desenhando o novo modelo de Estado e se assentou o regime. As metas mais importantes foram a criação do Partido Nacional Revolucionário em 1929, antecedente direto do PRI, que uniu as forças revolucionárias e as enquadrou de tal maneira que puderam ser controladas pelo Estado, o que facilitou a pacificação do país, que só se viu alterado pela sublevação dos setores católicos (a Guerra Cristera) em desacordo com a legislação leiga do homem forte de México, Plutarco Elías Calles, depois da morte, em 1928, de Obregón.
As reformas implementadas por Lázaro Cárdenas, entre 1934 e 1940, outorgaram maior legitimidade ao regime, sobretudo, graças ao impulso da reforma agrária e a nacionalização do petróleo.
O PNR, que em 1937 passou a chamar-se Partido da Revolução Mexicana, adotou, em 1946, o nome de Partido Revolucionário Institucional, PRI. Desde esse ano, o PRI se converteu no partido hegemônico no sistema político deste país pois até os anos 80 nunca perdeu uma eleição estatal. A estabilidade dos anos 40, foi seguida pelo crescimento econômico dos 50, as tentativas de introduzir reformas moderadas no sistema, nos anos 60, e o giro para a esquerda nos 70.
A crise pela suspensão do pagamento da dívida e a nacionalização da banca em 1982, unida à crise econômica e o descrédito do PRI e seu sistema, propiciaram o surgimento de forças políticas que, em meados dos anos 80, colocaram em perigo o domínio do PRI. O Partido de Ação Nacional, o PAN, nascido em 1939, e o Partido da Revolução Democrática, surgido de uma cisão dos setores mais à esquerda do PRI, foram ocupando espaços de poder.

1990- OS ÚLTIMOS ANOS

As reformas econômicas e sociais de Carlos Salinas de Gortari (1988-1994), em especial a assinatura do Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos, pareceram dar um novo impulso ao PRI, mas a crise econômica de 1994 e a sublevação zapatista em Chiapas, desse mesmo ano, prejudicaram o partido que perdeu a maioria na Câmara de Deputados em 1997 e no ano 2000 a presidência.

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